domingo, 18 de maio de 2008

Falando de sexo...

Ô saia mais justa que tem sido pra mim esse negócio. Não, não gosto que as crianças trepem tanto. Ou que tantas crianças trepem. Detesto que passem o dia inteiro pensando naquilo. No caso das meninas, é mais grave: além de trepar loucamente, elas amam loucamente! Eu passo o dia inteiro dizendo: "Eu quero muito que vocês amem........................... MENOS! Esse excesso de amor ATROFIA O CÉREBRO!!!!" No entanto, me incomoda muito mais a hipocrisia. Me incomoda, como eu disse pra oitava série sexta-feira, pegar bilhetes semi-pornô-semi-sentimentais dos adolescentes, e fingir que não vi - pra no final do ano, como já aconteceu, aparecerem quatro alunas grávidas. Me incomodaria mais dizer que está errado gostar de trepar. Dizer que gostar não é certo. Então, toca o discursinho: vamos delimitar espaço e tempo pra isso na vida, vamos ser fortes, vamos fazer sexo com a cabeça, a gente não é bicho, a natureza não precisa governar nossa vida o tempo todo. Pra os pequenos, simplesmente "Parem, pelo amor de DEUS!!!" E, caramba, juro que não sei o que fazer com esses meninos e essas meninas! Mas, como desgraça pouca é muita bobagem, tem a velha sala dos velhos, aquele covil de serpentes desencantadas chamado sala de professoras....
O que será que uma pessoa com consciência profissional, cívica e humana tem que fazer quando cinco bruxas se reúnem pra xingar de putas as mesmas crianças que elas são remuneradas para educar? Mas que não, não são mais passíveis de serem educadas - "Isso é de família!" "Você conhece a mãe?" "Não tem pai!" (sim, via de regra a única culpa que essa gente consegue atribuir a um homem é o fato dele não existir...). Não, não são como as NOSSAS crianças - as nossas, essas são educadas. Nem devem ter buceta, as nossas! Mas ESSAS... você sabe como elas são. São pobres, né... pobre, quando não se enxerga, né... porque, é claro, tem também as que se redimem bem - ficam ali quietinhas, tentando passar bem despercebidas pela violência - violência dos meninos, da repressão sexual na família, da professora velha que chama de puta quem lembra que tem buceta.
Não, papel pedagógico tem limite. Os alunos a gente pode emancipar, eu acho que pode. A raça, só paredão, mesmo.

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