quarta-feira, 6 de maio de 2009

dos comentários e da natureza deste espaço

Como sempre, depois que escrevi o último texto, liguei pra minha mãe. Já tinha decidido que não iria mais importunar ninguém com minhas fantásticas reflexõezinhas, e não ia mais ficar pedindo e implorando pra regina, surya, fernanda, robson, deus e todo o mundo ler e me falar o que pensa a respeito disso ou daquilo, que o povo tem mais o que fazer nesta vida, e eles já me agüentam falando sem parar, então chega, vou parar com isso. Mas mãe é mãe, então, pensei, pra ela eu vou ligar. E quando falei mãe, escrevi hoje um texto no blog, ela respondeu eu já li. Achei curioso, porque fazia muito pouco tempo que eu tinha postado. Conversamos sobre o post durante meia hora, mais ou menos. Sobre coisas que ficaram claras, sobre outras que não ficaram claras, sobre a pertinência ou não da busca de uma qualidade literária, e em que sentido, sobre o que eu quis dizer e sobre o que ela entendeu. E tudo isso ficou só pra nós duas. Pior que ter ficado só pra nós duas, ficou restrito àquele momento ao telefone, e provavelmente não será lembrado por nenhuma de nós duas dentro de muito pouco tempo. E, sabe lá, alguma coisa ali podia ter importância, ao menos pra nós duas.
Ela me disse que não escrevia suas objeções nos comentários porque não tinha muita certeza delas, não estava em sala de aula. E isso me fez pensar em algo que também fico com vontade de dividir... tenho a impressão de que criou-se uma noção de que a publicação, no blog, de um texto, tem a finalidade de ser aplaudida, e de que os comentários só devem ser feitos quando são elogiosos. Mas não, ao contrário. Se há objeções, elas precisam ser colocadas. Podem ser objeções quanto ao que se diz, ou quanto ao como se diz. Sobre ter falado borracha, ou deixado margem a interpretações falsas. E se a pessoa que tem uma objeção não tem certeza disso tanto melhor - os dois podem caminhar juntos na reflexão. E isso ficar registrado. Se tiver vergonha, pode arrumar um pseudônimo, que nem eu fiz. É pra ser um exercício, de escrita, de reflexão, ué. Se sair alguma baixaria, depois a gente apaga (hihihihihi) e pede desculpas...
Mas quem tiver vontade, não deixe de meter o bedelho um pouquinho aqui, porque se já tivermos todas as certezas não precisa de blog, nem de internet, nem de nenhum contato - é só cada um sair fazendo e acontecendo, e tudo resolvido. Mas a gente, que está na educação pública, se conhece e se admira e respeita, começou com isso de blog justamente porque não vem dando conta do recado, e mais que isso, porque acredita que ninguém pode ser feliz sozinho!
Então, eu enquanto tiver algo pra falar, falo. Mas se puder contar com a ajuda de vocês pra falar melhor, fico agradecida. Eu, de minha parte, tento ajudar quem quiser.
E feliz dia das mães pra todas...

Um comentário:

  1. Eulália, tenho uma sugestão para todos que escrevem nesse blog: Organizem um cadastro de emails (grupo) de amigos e, sempre que postarem um artigo novo, disparem também uma mensagem ao grupo avisando que tem um novo texto postado e convidem para uma visitinha.
    Ah, e digulguem mais o blog. Eu mesma tinha esquecido o nome e procurei pelo google: tinha lá cerca de 200 referências.É pouco, afinal EDUCAÇÃO é um tema que precisa ser divulgado.
    bjo.
    Puella

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